Sobre mim

Refletir sobre a minha história é como adentrar em um universo onde ficção e realidade se misturam, formando a tapeçaria da minha vida, fio a fio pelas Parcas. Desde a minha infância, as fantasias de "Labirinto - A Magia do Tempo" e as incríveis aventuras de "Doctor Who" e "Supernatural" não eram apenas maneiras de me divertir; eram portais para realidades alternativas onde eu achava conforto, estímulo e, principalmente, de pertencimento.

Crescer com esse fascínio pelas histórias fantásticas, ou imergindo nas profundezas cruas de uma sociedade onde compramos coisas que não queremos para agradar pessoas que não gostamos, das narrativas de "Clube da Luta", moldou profundamente a maneira como vejo o mundo. Esses dois universos, tão diferentes entre si, me ensinam, ainda hoje,  a apreciar tanto a beleza do escapismo quanto a importância de confrontar a realidade com olhos críticos e questionadores.

A transição para o mundo adulto, com tantas responsabilidades e realidades que não podemos escolher ou deixar de fazer, não conseguiu me afastar das minhas raízes criativas. Penso até, que muito pelo contrário, essas experiências enriqueceram minha compreensão do mundo e fortaleceram minha capacidade de contar e precisar viver histórias, agora com uma profundidade e empatia que só a vida e o conhecimento de outras realidades pode nos proporcionar. 

Trabalhar com vendas e mais tarde explorar o universo do marketing e da comunicação online não foram desvios no meu caminho, mas sim, apenas o caminho lógico e natural para meu ser criativo, me permitindo aplicar minha vocação por narrativas em contextos novos e que me desafiam a sempre ser melhor, todos os dias.

Cada cliente, cada projeto, tornou-se uma nova página em branco, do próximo livro e uma oportunidade de criar mundos diferentes e que se destaquem, também de tocar corações e mentes com palavras e ideias, porque ideias são a prova de bala!

 Aprender sobre programação, design gráfico, e marketing digital, por exemplo, não foram apenas adições ao meu conjunto de habilidades, mas novas lentes através das quais pude ver e acrescentar  ao meu mundo.

E, no fim, talvez seja essa a maior lição de todas: que a vida, na sua contínua diversidade, não é sobre escolher entre a imaginação e a realidade, mas sobre encontrar maneiras de equilibrar as duas em uma vida que reflete quem somos, o que amamos, e como escolhemos deixar nossa marca no mundo.

 Como uma criança do carnaval, concebida em um momento de pura alegria e celebração, carrego comigo a vida, a cor, e a promessa de que, não importa os desafios, há sempre espaço para criar, sonhar, e, acima de tudo, recomeçar a cada ano.